Grande parte das reclamações por falta de medicamentos na Farmácia Municipal se devem pelo atraso de entrega de remédios, que são de responsabilidade do Estado. Como a distribuição está concentrada em um só local, população confunde e acaba cobrando da prefeitura
Diversas foram as queixas da população nesta semana, em torno da falta de medicamentos na Farmácia Municipal. Como a entrega de todos os medicamentos, que são distribuídos de forma gratuita à população, está concentrada na mesma estrutura, a cobrança acaba recaindo sobre o município. Mas o que muitos desconhecem é que os medicamentos têm duas origens. Parte é de responsabilidade do município e outros são fornecidos pelo governo do Estado. Segundo o responsável pela Farmácia Municipal, Elton Fabrício, há uma grande demanda por medicamentos que vêm do Estado, mas estes estão com entrega em atraso.
Elton informa que os medicamentos que vêm do governo estadual são distribuídos entre os dias 10 e 25 de cada mês. “Estamos dentro deste período e por isso há muitas reclamações, pois são vários os itens que estão em falta”, comenta o responsável pela farmácia. Uma das maiores demandas é pela atorvastatina, medicamento utilizado em combate ao colesterol, utilizados por inúmeros pacientes no município. Elton afirma que não há uma estimativa de quanto tempo irá levar para que os estoques do Estado sejam normalizados.
Entre os 202 itens que são distribuídos pelo município também há registro de falta de medicamentos. Mas segundo Elton, são apenas 24 itens que estão com estoque zerado, sendo que estes medicamentos já foram comprados e que só dependem da disponibilidade do fornecedor para a entrega e normalização da distribuição. Muitos deles apresentam dificuldade na matéria prima e por isso, levam mais tempo para serem entregues. Na maioria são medicamentos de uso controlado e alguns antibióticos.