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Ciclistas concordam com compartilhamento mais cobram fiscalização

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Ciclistas concordam com compartilhamento mais cobram fiscalização

O uso da ciclo faixa para estacionamento de carros pode pôr em risco a segurança, caso horários não sejam cumpridos

 

A obra de revitalização da rua Tancredo Neves tem rendido algumas polêmicas devido as mudanças a serem aplicadas com a finalização da execução. Na última semana, a Administração Municipal ouviu as principais reivindicações de moradores e empresários compreendido no trecho das obras. Nesta terça-feira, 24, foi a vez de ouvir os ciclistas do município, já que uma das adequações compreende uma ciclo faixa, contemplando a Lei de Mobilidade Urbana. Todos foram unânimes em afirmar que não há como retroceder abrindo mão do novo espaço criado – já que este é o primeiro passo para a criação de um circuito que permita o uso funcional, de lazer e esportivo -, e tiveram boa aceitação de uma das principais propostas, que é o compartilhamento da ciclo faixa com o estacionamento de veículos, sendo divido apenas por horário pré-determinados. Mas o que todos pedem é uma fiscalização intensa, para que a segurança seja levada como grande prioridade.

O prefeito Rogério Pacheco deixou claro que neste momento o objetivo não é achar culpados, mas sim, encontrar uma solução, mesmo que temporária ou transitória. “Temos que resolver isso, mas precisamos primeiramente receber a obra, que será finalizada conforme projeto. Nossa equipe técnica já discute as questões de ordem legal e aspectos técnicos para possíveis mudanças posterior a este recebimento”, adiantou o prefeito, ressaltando que a questão não é simples, mas por isso, está ouvindo todos os envolvidos e interessados, para que não haja uma decisão precipitada e que a questão segurança seja priorizada. O vice-prefeito, Edilson Massocco, disse que a administração está voltada ao diálogo e assim sempre será. “Esperamos encontrar um entendimento entre as partes, para que fique bom para todos”, afirmou, ressaltando a difícil situação enfrentada pelos empresários daquela região, que sem estacionamento teriam dificuldades de receber e vender suas mercadorias.

Algumas sugestões foram levantadas durante a reunião. Algumas partiram dos ciclistas e outras de um representante da empresa Via 11, que há alguns anos foi responsável pelo Plano de Mobilidade de Concórdia. Alguns afirmaram que o projeto da Tancredo Neves tem características rodoviárias e não de perímetro urbano – mesmo que no trecho a velocidade máxima permitida seja de 40 km/hora. Neste caso, a desativação da terceira faixa, da pista de rolagem, eliminaria o problema de falta de estacionamento, das paradas de ônibus e permitiria o uso exclusivo da ciclo faixa aos ciclistas. Uma alternativa, que pode vir a contribuir a médio prazo, seria a execução do projeto Caminho do Imigrante, que foi desenvolvido há 16 anos, pelo Grupo Cabeça Oca, com intuito do colaborar com a mobilidade urbana, além de ter cunho social, ecológico, cultura e educativo. O Caminho do Imigrante, que margeia o Rio dos Queimados, parte da Rádio Rural e segue até o Parque de Exposições.