Secretaria de Saúde faz um alerta aos pais que ainda não levaram seus filhos para vacinar
Os pais e responsáveis que ainda não levaram seus filhos para vacinar contra a Poliomielite devem fazer isso o quanto antes. Em Concórdia já foram imunizadas 73,63% das crianças, acima do percentual estadual que está em 67% e do nacional que é de 53%. “A meta é vacinar 100% das crianças e este índice só será alcançado com a colaboração e conscientização dos pais”, explica a enfermeira responsável da sala de vacinas, Ieda Maria Schumann.
A população-alvo da campanha, que encerra na próxima segunda-feira, dia 31 de agosto, inclui crianças a partir de 6 meses até 5 anos incompletos. De acordo com Ieda, foram vacinadas 2.796 crianças. “Ainda temos cerca de 1.000 crianças a serem imunizadas, para isso precisamos continuar divulgando e chamando os pais que ainda não trouxeram as crianças”, reforça.
O que é a Poliomielite
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa aguda, causada por um vírus que vive no intestino, denominado Poliovírus. Embora ocorra com maior frequência em crianças menores de quatro anos, também pode ocorrer em adultos. A maior parte das infecções apresenta poucos sintomas (forma subclínica) ou nenhum e estes são parecidos com os de outras doenças virais ou semelhantes às infecções respiratórias como gripe – febre e dor de garganta – ou infecções gastrintestinais como náusea, vômito, constipação (prisão de ventre), dor abdominal e, raramente, diarreia. Cerca de 1% dos infectados pelo vírus pode desenvolver a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte. As principais características são a perda da força muscular e dos reflexos, com manutenção da sensibilidade no membro atingido.
A poliomielite não tem tratamento específico. A doença deve ser evitada através da vacinação. No Brasil, a vacina é fornecida nos postos da rede de saúde e durante as campanhas nacionais de vacinação. A vacina contra a poliomielite oral trivalente deve ser administrada aos dois, quatro e seis meses de vida. O primeiro reforço é feito aos 15 meses e o outro entre quatro e seis anos de idade. Também é necessário vacinar-se em todas as campanhas.
Uma pessoa pode transmitir diretamente para a outra. A transmissão do vírus da poliomielite se dá através da boca, com material contaminado com fezes (contato fecal-oral). Crianças mais novas, que ainda não adquiriram completamente hábitos de higiene, correm maior risco de contrair a doença. A doença também pode ser transmitida pela forma oral-oral, através de gotículas expelidas ao falar, tossir ou espirrar. Desenvolvendo ou não sintomas, o indivíduo infectado elimina o vírus nas fezes, que pode ser adquirido por outras pessoas por via oral. A transmissão ocorre com mais frequência a partir de indivíduos sem sintomas.
