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Concórdia reforça posição pela modernização da BR 153

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Ministro do Trabalho, vereadores e lideranças empresariais apoiam o movimento

A causa de Concórdia pela manutenção do trecho da BR 153 entre Irani e a divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul ganhou importantes apoios na Audiência Pública realizada em Brasília nesta quarta-feira, dia 29. O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, foi à abertura do evento para manifestar-se favorável à manutenção do trecho da BR 153, entre Irani e a divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul, no Programa de Concessão Rodoviária.  O ministro disse que atendia a um apelo do prefeito João Girardi “no dia em que Concórdia completa 81 anos”.   

O Ministro destacou a importância de Santa Catarina, “o Estado mais operoso e mais dinâmico do país”. Depois, ressaltou a contribuição dada pela região de Concórdia na produção agroindustrial e na geração de empregos. Disse que o Alto Uruguai conta com a modernização da BR 153 para o transporte da matéria prima e dos produtos acabados.

A defesa dos interesses de Concórdia e região na Audiência Pública da Agência Nacional de Transportes Terrestres foi feita também pelo secretário Desenvolvimento Econômico e Turismo, Clélio Ivo Dal Piaz, vereadores Vilmar Comassetto, Artêmio Ortigara e Leocir Zanella, o presidente da Fetrancesc (Federação dos Transportadores de Cargas do Estado de Santa Catarina), Pedro Lopes, que no ato se posicionou pelo Setcom. Franciano Vieira foi o representante credenciado da Associação Empresarial (ACIC). O concordiense Edson Gonçalves, que é o Ouvidor Geral do Ministério do Trabalho e Emprego, participou da audiência e fez manifestação favorável à reivindicação de Concórdia, a exemplo de João Arthur Mohr, da Federação das Indústrias do Estado do Paraná. Estiveram presentes ainda assessores de deputados federais e estaduais. 

Esta foi a terceira e última audiência sobre a concessão da rodovia.  Até o fim de agosto será feito o relatório das audiênicas públicas e haverá o ajuste das minutas.  A aprovação do plano de outorga deve ser feita até setembro. A previsão de publicação do edital é o mês de outubro e o leilão para definir a empresa vencedora, em dezembro deste ano. O investimento previsto é de R$ 4,3 bilhões.  

 

Manifestações de apoio

Clélio Ivo Dal Piaz: “O que nós queremos é a manutenção do trecho original previsto no programa. Isso para que Concórdia e a região se afirmem como a parte do Brasil que da certo”.

 Vilmar Comassetto, vereador: “Concórdia está em franco desenvolvimento e tem um dinamismo econômico muito forte. O município é responsável por 15% da produção catarinense de frango e de 23% da produção de suínos”.

Leocir Zanella, vereador: “Era justo que estivéssemos aqui para não pagar, mas estamos aqui brigando pela modernização da SC 153, para mais segurança das pessoas e mais desenvolvimento da região”.

Artêmio Ortigara: “Nós já pagamos muito imposto e o governo deveria cuidar melhor das rodovias. Em que pese isso, a exclusão seria uma decisão muito dura para aceitar. Concórdia tem também a maior bacia leiteira de SC e a 13ª maior do Brasil”.

Franciano Vieira, representante da ACIC: “Mais de 30% do PIB brasileiro vem da agroindústria e nossa região é fortemente agroindustrial. A matéria prima vem pela rodovia e escoamos o produto final também via rodoviária. A BR 153 liga à região mais produtiva do RS. O trecho entre Irani e a divisa de SC com o RS não tem que ser retirada. A inclusão tem que ser compulsória – se a concessionária quiser a outra parte, tem que levar essa também”.

Edson Gonçalves: “A região da BR 153  tem movimento criado pelo turismo através das estâncias hidrominerais e os atrativos do lago das usinas hidrelétricas. Outra questão importante é a Serra do Irani, o trecho mais perigoso da rodovia, basta analisar as estatísticas de acidentes”.  

 

Pedro Lopes, presidente da Fetrancesc: “O momento é para acrescentar e não para suprimir. É preciso que permaneça o que foi proposto desde o início nesse processo de concessão rodoviária. Se o trecho ficar fora agora, não vem mais. Nós precisamos incluir também os postos de parada, exigência de lei”. 

Gelson Saibo, vice-prefeito de Xanxerê: “Que a tarifa do pedágio tenha valor justo. Xanxerê jamais vai se colocar contra a reivindicação de Concordia. Nós achamos que o trecho entre Irani e a divisa de SC e RS tem que ser mantido no programa. Mas temos que achar uma alternativa para que a tarifa de pedágio em Xanxerê seja mais baixa”.