Projeto pioneiro pretende reduzir casos de agressão

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Conselho Municipal dos
Direitos da Mulher vai realizar encontros com detentos



O Conselho Municipal dos
Direitos da Mulher vai por em execução, a partir de amanhã, dia 9 de abril, às
8h, no Presídio Regional, um trabalho pioneiro em Concórdia e região. Trata-se
do projeto “Multiplicando Cidadania –
Curso de Formação para Multiplicadores pelo
Fim da Violência Doméstica”. O principal objetivo é dar a oportunidade de
reflexão, visando o desenvolvimento de relacionamento com a família e outras
pessoas e também ter autocontrole. “
Acreditamos que, por meio
desta ação direta com agressores, poderemos reduzir as reincidências dos casos
de violência doméstica”, destaca a presidente do Conselho, Gina Pontes Vilas
Boas.



O projeto piloto será realizado no Presídio
Regional, com 23 detentos que quiseram participar do curso, e terá sete
encontros com profissionais capacitados da área de psicologia, direito e
espiritualidade. “Este trabalho pretende orientar as pessoas que cometem
agressão,
principalmente do sexo
masculino. E é reconhecido como um método eficaz para coibir, prevenir e
reduzir a reincidência da violência doméstica contra a mulher, minimizando ou
interrompendo o ciclo da violência”, explica a conselheira e psicóloga Rozana
Orsolin.



“Multiplicando
Cidadania” embasa-se no artigo 30, da Lei Maria da Penha, que prevê ações de
orientação voltadas à mulher em situação de violência, ao agressor e aos
familiares.



Os
números da violência contra a Mulher em Concórdia, registrados por meio de
Boletins de Ocorrência em 2013 (mais de 300), indicam a necessidade de
intervenção. O município de Concórdia, atualmente, não conta com juizados
específicos, razão esta que motivou o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos
da Mulher a buscar formas de intervenção. “Não poderíamos ficar estagnadas
diante desta situação e decidimos agir, colocando em prática este projeto”,
ressaltou professora Cláudia Moro.


 



DESENVOLVIMENTO



Num
primeiro momento, o projeto piloto será desenvolvido dentro do presídio com os
detentos selecionados a partir de sua própria vontade em participar. Em um
segundo momento, o curso será direcionado a homens denunciados por violência
doméstica. E, em um terceiro momento, a intenção é trabalhar de forma
preventiva  com empresas que acharem importante o desenvolvimento do curso
com seus funcionários. Também será oferecido a grupos que se encontram em
Centros Comunitários.



O conteúdo a ser
tratado em sete módulos (encontros), com duração de duas horas, tratará de:
Relações interpessoais e gerenciamento das emoções; A questão de gênero: O que
é ser homem e mulher na sociedade atual; Lei Maria da Penha e a origem da
Violência; Histórias de vida – ações para o diálogo; Saúde sexual e direitos
reprodutivos; Família e espiritualidade; e Roda de conversas: troca de
experiências – participação das esposas.