“Piqueteamento” otimiza pastagens e
evita desperdícios
O sistema, que é moderno e simples, foi implantado
neste ano em Piratuba através de uma parceria entre a Secretaria de Agricultura
do município, Epagri, Consórcio Machadinho, Tractebel e Microbacias. A técnica
consiste na divisão das áreas de pastagem do gado. Estas áreas, chamadas de
piquetes, são divididas com palanques e cerca elétrica.
Com a área de pastagem divida em partes, o gado é
solto para pastar apenas nos locais definidos, com a quantidade de pasto
suficiente para cada refeição, ou seja, com a divisão feita pelos piquetes, os
animais não circulam para todo lado, permanecem se alimentando na parte
fechada, evitando assim, o desperdício. “A ideia é fazer com que os
animais fiquem todos juntos em apenas uma área de dia e em outra área à noite.
O agricultor faz um rodízio com os animais, soltando eles no mesmo piquete
somente após 25 ou 30 dias. Desta forma, além de evitar que o pasto seja
estragado com o pisoteio, impede ainda que eles comam o rebroto e assim o pasto
cresce novamente”, explica o técnico da Epagri, José Luiz Fontanella.
Atualmente o município conta com cerca de 200
propriedades rurais que têm a bovinocultura de leite como principal atividade.
A intenção do programa de piqueteamento é fazer com que os produtores consigam
aproveitar mais o pasto, diminuído custos e aumentando a renda. “É um
programa muito bom, eu já dividi a área de pasto da minha propriedade e estou
utilizando a técnica de rodízio do gado. Com certeza o resultado será positivo,
os animais não estragam a pastagem e ele rebrota. É economia e menos mão de
obra pra nós”, comenta o agricultor do município, João Lovato.
Neste primeiro ano do projeto, 15 propriedades foram
beneficiadas. O investimento em palanques, cerca elétrica e acessórios, passa
de R$ 26 mil, com recursos do Consórcio Machadinho e Tractebel. A Secretaria de
Agricultura e Epagri entram com o acompanhamento técnico e treinamentos para os
agricultores. A Prefeitura também subsidia 50% da compra de semente de pasto
(aveia e azevém), utilizadas no inverno e ainda paga metade da aquisição de
adubo orgânico para o pasto. Em 2013 foram R$ 12.700 investidos com as sementes
e adubo. Para 2014 a Secretaria de Agricultura pretende expandir o projeto para
mais 20 propriedades.