UDESC – Aceitação ou Mobilização ?
A semana que passou foi marcada por mais um capítulo da novela, iniciada
em uma assembléia da AMAUC, visando descentralização da UDESC (Universidade do
Estado de Santa Catarina) e a instalação de um campus aqui no Meio Oeste, com
uma reunião em Florianópolis no Centro Administrativo.
Acompanhando o noticiário da região, chama a atenção a aceitação e o
conformismo nas notícias publicadas, todas acatando, já como uma decisão, o
estudo apresentado pela comissão da UDESC, que usando determinados índices,
coloca Caçador, Videira e Joaçaba, como locais prioritários para a instalação.
Não podemos nos acomodar; primeiro por que ficou claro na reunião com o
governador Luiz Henrique da Silveira, de que isso não é uma decisão. É somente
e tão somente um estudo realizado pela UDESC. O governador, em atitude
extremamente coerente, transferiu para os Conselhos de Desenvolvimento
Regional, a decisão de onde será instalado o campus. Portanto a decisão será
dos CDRs.
Índices, existem tantos por aí, que podemos colocar uma cidade ou região
como a melhor ou pior do Estado, dependendo de como usar tais índices e
fundamentar a decisão. Portanto, em relação a UDESC, nada está decidido, agora
depende de cada região ou município a mobilização e articulação para ser sede
do novo campus. A reunião em Florianópolis foi uma vitória para o Meio Oeste,
que teve a decisão tomada em um momento em que nem aparecia no planejamento
estratégico da UDESC até 2025. Foi também uma vitória para a região da AMAUC,
por ter sido citada ao governador, que era a responsável por este resultado.
Quem fez a afirmação, reconhecida e aplaudida por todos, foi do presidente da AMARP (Associação dos Municípios do Alto
Vale do Rio do Peixe).
Este é o grande momento, se até então lutávamos
para que não houvessem brigas individualizadas pelo campus, entre os
municípios, agora é a hora da mobilização local e regional. A palavra de ordem
é essa, mobilização total. O município que quer ser sede da UDESC tem se
mobilizar, mostrar sua força, vontade e condições para tanto. É preciso buscar
apoios, manifestar explicitamente que quer, merece e precisa o ensino público
gratuito. Caso contrário ficaremos aplaudindo os que se mobilizaram.
Adélio Spanholi – Presidente da AMAUC e Prefeito de Piratuba