Crianças conhecem como
acontece o abuso e como devem denunciar
O crescente número de casos
de violência e abuso sexual infantil em Concórdia levou a equipe do Fórum
Municipal pelo Fim da Violência e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
a tomar a iniciativa de levar até as escolas esquetes teatrais com o tema. Alunos
das séries iniciais de dezenove escolas municipais e estaduais começaram a
assistir a apresentação na quarta-feira, dia 9. Na tarde desta quinta-feira,
dia 10, a atrizes, Vânia Peruzzo e Silvana Peruzzo e o Carlos Schwanbeland,
encenaram para as crianças da escola, abrindo logo após para questionamentos.
“Por meio da pergunta ou do tom de voz é possível desconfiar se a criança está
sofrendo violência. Temos percebido reações diferentes em algumas crianças e
isto torna possível trabalhar para ajudá-las”, destacou a diretora de Ação
Social, Noeli Wolosyn.
A esquete teatral mostrou a
história de uma menina que conversava com sua boneca, contando que tinha um
homem muito malvado que vinha à noite no seu quarto e que tocava seu corpo em
partes que ela não gostava e além disso a machucava. A boneca tentou ajudá-la
dizendo que não abrisse a porta do quarto e não acreditasse nas ameaças que o
malvado fazia. “Ele não vai machucar sua mãe e nem tirá-la dela. Confie em mime
me deixe protegê-la”. Com isto, a equipe disse ao final da apresentação para
todas as crianças, que se algo que elas não gostam estiver acontecendo com elas
que elas busquem alguém em quem confiam, como a professora, por exemplo e
contem tudo o que se passa em casa. Também repassaram folderes e adesivos com o
número do telefone que devem ligar para pedir ajuda no caso de estarem sozinhas
ou presenciarem algum ato de violência contra outra criança.
Entenda e ajude:
– na maioria das vezes, os
abusadores são pessoas aparentemente normais e queridas pelas crianças e
adolescentes.
– Em apenas 30% dos casos há
evidências físicas. As autoridades devem estar capacitadas para as diversas
técnicas de identificação de abuso sexual.
-Há maneiras práticas e
objetivas de proteger as crianças e os adolescentes do abuso sexual.
– Raramente a criança e o
adolescente mentem. Eles não contam em virtude das ameaças.
– Além do ato sexual com
penetração, outros atos são considerados abuso sexual como o voyeurismo, a
manipulação de órgãos sexuais, a pornografia e o exibicionismo.
– Crianças e adolescentes só
revelam o “segredo” quando confiam e se sentem apoiados.
Disque 100 – Denuncie!
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