Diagnóstico mostra realidade do saneamento básico
Aterro sanitário é ponto ponte; abastecimento de água e esgoto urbano são gargalos
O Diagnóstico do Saneamento Básico de Concórdia é um detalhado estudo em quatro áreas: abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e manejo das águas pluviais. O relatório foi apresentado na noite desta segunda-feira, dia 25, na II Audiência Pública do PMSB (Plano Municipal de Saneamento Básico), no auditório do Centro de Eventos.
Segundo levantamento apresentado pelo engenheiro sanitarista Robson Ricardo Rezende, da DRZ Gestão Ambiental, empresa contratada para desenvolver o estudo, o aterro sanitário é um dos destaques positivos nesta área em Concórdia.
O relatório de 345 páginas aponta que apenas 5,61% do esgoto urbano de Concórdia é tratado. Desde 2000, o serviço de coleta e tratamento do esgoto urbano é de responsabilidade da Casan, mediante concessão do município.
Outro gargalo grave é o abastecimento de água. Segundo o estudo, o sistema mantido pela Casan "é ultrapassado e inadequado", tem alto índice de perda hídrica (61,23%), tratamento falho, problemas de abastecimento em várias localidades e pequeno número de profissionais. O trabalho confirmou outros dados já apontados pela própria companhia, como o alto gasto de com energia para captar e distribuir a água.
Em Concórdia, a disponibilidade de água subterrânea – 417 milhões de m²/ano, é maior do que a dos rios – 216 milhões de m²/ano. O consumo é de 198 milhões de m²/ano. Na estatística da DRZ, são quase 500 poços que captam água subterrânea no município.
O diagnóstico ainda será alvo de novos debates em reuniões setoriais, no Comitê de Coordenação e no Comitê Executivo. O estudo vai apresentar propostas para melhorar o que existe e resolver os problemas apontados no horizonte de 20 anos. Segundo o Diagnóstico, a previsão é que Concórdia tenha 86.000 habitantes em 2032.
Assessoria de Comunicação
Prefeitura Municipal de Concórdia
Jornalista Responsável: Clelio Dal Piaz