"Aprender, Aprendendo em Casa”, alfabetização para todos os piratubenses, independente da idade, condições sociais e do local
Considerando o fato de que Piratuba conta com pessoas que não têm acesso à leitura e escrita e que não tiveram condições de freqüentar a escola na idade devida, a Administração Municipal, através da Secretaria de Educação e Esportes resolveu disponibilizar a alfabetização de adultos, idosos e portadores de necessidades especiais, com a missão de erradicar o analfabetismo no município.
Um projeto que vem ao encontro das necessidades de muitos piratubenses. Aprender a ler e escrever é mais do que uma vontade, é um sonho para estes que agora têm esta oportunidade. A Secretaria de Educação lançou este projeto desafiador, com a intenção de socializar o conhecimento aos que, por motivos diversos, não tiveram acesso aos estudos. Para que o cidadão possa exercer seu papel social com dignidade, melhorando acima de tudo, a sua qualidade de vida.
O projeto “Aprender, aprendendo em casa”, conta com duas professoras, que atendem todas as comunidades do município. Elas vão até as casas dos alunos uma vez por semana, fazendo atendimento individual e em alguns casos em grupos. O projeto iniciou em março e conta hoje com 75 alunos matriculados com idades que variam de 23 a 82 anos, a maioria acima de 48. São atendidos idosos, adultos e alguns portadores de necessidades especiais que pouco, ou nunca, freqüentaram a escola. A secretária de Educação de Piratuba, Dilma Mortari, diz que o projeto vai buscar os resultados. “Nossa intenção, é acima de tudo oportunizar este conhecimento aos que necessitam, melhorando assim a sua qualidade de vida. Mas queremos também chegar ao índice de 0% de analfabetismo no município, e acreditamos nisso”, afirma Dilma. Uma das professoras que percorre o interior comenta que é emocionante ver o entusiasmo dos alunos. “Eles demonstram a cada aula mais vontade, a dedicação é visível. A cada letra descoberta, a cada palavra formada, a alegria toma conta da aula. Eles adoram e aprovam a idéia”, completa Maria Néri Garcia. Um dos alunos, o Sr. Adão Pereira Duarte, de 70 anos, diz que a maior riqueza de uma pessoa é o estudo. “Eu não aprendi a ler e escrever porque na época em que eu era criança tinha que trabalhar na roça. Os pais eram rígidos. Eu nunca achei que precisaria tanto de estudo, hoje vejo o quanto me fez falta. Estou muito satisfeito com o projeto, tenho vontade e vou aproveitar esta oportunidade. Saber ler e escrever é uma riqueza e eu já estou aprendendo”, comemora o agricultor.
Além de levar o conhecimento até as casas de quem precisa, a Secretaria de Educação, disponibiliza a apostila de alfabetização e todo material didático pedagógico necessário. O mundo de letras e palavras que era desconhecido por estes alunos, agora chega na casa deles, mudando a vida de cada um.