TERAPIA COMUNITÁRIA ENTRE NESSA RODA No dia, 20 de novembro, aconteceu mais um encontro da Terapia Comunitária – TC no CRAS do Imigrantes. A equipe da Amauc através do setor de Serviço Social e Comunicação, em parceria com a UnC e o CRAS, iniciou no mês de julho o trabalho de TC e vêm realizando um encontro por mês.A TC vem com uma proposta diferenciada de atendimento a indivíduos, famílias e comunidades. Promove a formação de redes sociais solidárias e a partilha de experiências de vida e sabedorias de forma horizontal e circular entre os participantes. Tem o sofrimento humano como ponto central. Embasa-se ressaltando competências, fortalecendo a auto-estima e o empoderamento das pessoas.A Terapia Comunitária (TC) foi criada em 1987 pelo antropólogo e psiquiatra Prof. Adalberto de Paula Barreto, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará. A terapia tem se difundido por vários estados, como ferramenta para lidar com o sofrimento decorrente da exclusão social, pobreza, violência, sendo este um espaço para a comunidade poder falar sobre os problemas que vem enfrentando sem ser julgado ou analisado. A TC não deixa de ser um procedimento terapêutico de fácil acesso e sem custo nenhum para a comunidade. Cada indivíduo torna-se terapeuta de si mesmo, a partir da escuta das histórias de vida. Todos são co-responsáveis na busca de soluções e superação dos desafios do cotidiano.
Conforme palavras do professor Adalberto: “Enquanto muitos modelos centram suas atenções na patologia, nas relações individuais, privadas, a TC se propõe a cuidar da saúde comunitária em espaços públicos. Propõe-se a valorizar a prevenção. Prevenir é, sobretudo, estimular o grupo a usar sua criatividade e construir seu presente e seu futuro a partir de seus próprios recursos.” Uma frase muito usada nas rodas do Dr. Adalberto Barreto quando se fala dos princípios da terapia comunitária é “Quando a boca cala os órgãos falam, quando a boca fala os órgãos saram”.