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“O adulto que protege: Ajude a ajudar as crianças”

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O Fórum Municipal pelo Fim da Violência e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, elaborou a cartilha “O adulto que protege: Ajude a ajudar as crianças”. O material foi preparado pensando nos pais e visa difundir informações sobre maneiras de ensinar uma criança a se proteger.

A coordenadora do Fórum, Francieli Benjamini, enfatiza que “o fórum trabalha para que haja o fortalecimento das organizações governamentais, não-governamentais e da sociedade como um todo, no sentido de prevenir que nossas crianças e adolescentes não sejam vítimas de violência e abuso sexual”.

Conforme o UNICEF e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em quatro anos, 179. 277 mil crianças e adolescentes sofreram estupro, sendo que 81% tinham até 14 anos de idade. É como se diariamente 100 crianças e adolescentes fossem estupradas. Torna-se ainda mais complexa sua identificação, visto que em geral estão presentes apenas agressor e vítima no momento do ato. Ou seja, na grande maioria das vezes, as vítimas não sabem como se proteger.

A violência representa uma das piores experiências adversas na infância, assim conceituadas como aquelas que geram estresse tóxico e interferem no curso normal do desenvolvimento, pois tornam as crianças e os adolescentes, física, psíquica ou socialmente vulneráveis (GILBERTI, 2010). Além disso, um dos piores efeitos da violência é a fragilização do vínculo de confiança necessário para a formação de sentimentos de pertencimento e aprendizagens positivas, tanto em relação à confiança nos familiares como na sociedade e em suas instituições. Desde a Convenção dos Direitos da Criança (ONU, 1989), é consenso entre os países que toda criança ou adolescente tem o direito humano de viver sem violência. E no Brasil, com prioridade absoluta, segundo a Constituição Federal (1988, art. 227) e outros dispositivos infralegais, como as Leis nº 8.069/1990; 13.010/2014; 13.257/2016, 13.431/2017 e 14.344/2022.

Considerando-se o exposto, surge de forma ainda mais importante a necessidade de orientar crianças e adolescentes a como se proteger de possíveis violências. Compreende-se que é a partir de esforços conjuntos, articulados e intersetoriais que se conseguirá promover o efetivo enfrentamento da violência contra a população infantojuvenil, sendo esta uma campanha que envolve atores de organizações governamentais e não governamentais e toda sociedade civil. Considera-se que ao se oferecer informação para crianças e adolescentes, as ações de combate a violência poderão alcançar maior eficácia.