O despertar para Cidades Mais Inteligentes. Esse foi o foco do Painel que ocorreu na manhã desta quinta (14), no último dia de Congresso de Prefeitos, que acontece no CentroSul, em Florianópolis desde segunda-feira (11).
Três palestras apresentaram soluções para os municípios participantes: Gestão de Cidades Dirigidas por Dados e Inteligência – tendências, mitos e verdades, do cofundador e coordenador do Movimento Brasil, País Digital. Andriei Gutierrez; Técnicas de Contraespionagem na Proteção de Informações Sensíveis nos Setores Públicos e Privado, com o coronel da Reserva do Exército Brasileiro, Eugênio Moretzsohn; e a Importância da Universidade no Processo de Inovação das Cidades Inteligentes, com o professor doutor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Eduardo Costa. O painel foi mediado pelo prefeito de São Miguel do Boa Vista, Vilmar Schmaedecke.
Cidade Inteligente é o fim ou o meio? Essa foi a reflexão que Andriei Gutierrez deixou em sua palestra. “Há necessidade de mudar o paradigma. O cidadão deve ser o indutor, facilitador, incentivador do investimento por parte da gestão pública e também da privada”, fala. Explica que na era digital, da comunicação facilitada, a tarefa é gerir dados, compartilhar informações e referências. “O cidadão ajuda a administrar, descentralizando os processos em busca da cidade ideal”, conclui.
Para o professor doutor da UFSC, Eduardo Costa, é preciso repensar os processos para que tenhamos cidades mais humanas. “Se pensarmos no ponto de vista prático, as cidades brasileiras ainda são muito burras.” Para o doutor o que interessa nesse processo de amadurecimento é o objetivo final do investimento em desenvolvimento e em tecnologia implantada no município. A ênfase da inteligência empregada deve ser a qualidade de vida do cidadão e não o foco no processo.
A importância em investimentos na educação de segurança, monitoramento das divulgações nas redes sociais e cuidados específicos com as informações sensíveis do meio público e privado, devem ser redobradas, segundo o coronel Eugênio Moretzsohn. “As pessoas são a corrente mais fraca do elo de segurança e há especialistas habilidosos em manipular pessoas para conseguir informações”, alerta.
Texto: Sidneya Foss – Assessoria de Comunicação da FECAM/Associação de Municípios do Nordeste de Santa Catarina (AMUNESC)
